Impossível uma oportunidade mais oportuna para comentar esse assunto. Nem precisei me dar ao trabalho de nomear o post, a notícia já fez isso por mim :)... (aliás, obrigado por me mandá-la, tia Cleide!)
Vou dizer o que eu acho sobre essas previsões.
Eu acho o seguinte: uma enorme besteira. Calma que eu explico melhor :)...
Eu sei que foi um cara renomado que disse tudo isso e eu entendo perfeitamente os motivos que o levam a acreditar nessas ideias. E eu acho que realmente podemos passar por uma fase de alta tecnologia mesmo, com coisas similares ao que ele mencionou.
O que eu não acredito (e não há quem me faça acreditar) é que isso tudo se tornará ubíquo (presente em todo lugar, em todo país, em toda cidade, em toda casa, em toda pessoa etc.). Ou mesmo que chegará a uma parcela tão significativa assim da população.
Pode até ser que lançarão a lente de contato mágica que te guiará até sua alma gêmea, mas será que as pessoas vão ter mesmo vontade de usá-la?
É fácil imaginar que muita gente vai querer usar essas coisas futuristas. Mas por que a gente imagina isso? Porque pensamos no mundo como ele é HOJE. Se fosse HOJE, com certeza, teria muita gente querendo usar tudo isso.
Mas o futuro não fica no presente, o futuro fica no futuro. Será que no futuro o mundo vai continuar sendo como é hoje? Será que amanhã as pessoas vão continuar sendo como hoje, ávidas por tecnologia?
Eu acho que não. Aliás, eu acho que não MESMO. Eu acho que amanhã o mundo vai ser completamente diferente. Eu acho que as pessoas vão se cansar de tecnologia. As pessoas sempre se cansam de qualquer coisa que vira lugar comum demais. Sempre foi assim com o ser humano: ele se enche o saco de alguma coisa e volta a ser como era antes daquela coisa. Há eras na História que são mais racionais seguidas de eras mais emocionais. Eras mais industriais seguidas de eras mais artísticas. Eras com mais liberdade seguidas de eras com menos liberdade. Logo, por que não, eras com mais tecnologia seguidas de eras com menos tecnologia.
Sabe o que eu realmente acho? Eu acho que o que as pessoas vão querer fazer daqui a poucos anos é aquilo que no fundo elas sempre quiseram: viver em contato com a natureza, consumir produtos mais naturais, ter uma vida mais tranquila, enxergar o verde das árvores, ouvir o som das águas, dos pássaros... Sabe por quê? Porque ISSO é o mundo real. Esse mundo em que vivemos é completamente artificial, tem muito pouco a ver com o que está escrito nos nossos genes nos capítulos "Como funciona a vida" e "Como ser um ser humano".
E em breve as pessoas perceberão que o caminho que o mundo tem seguido está levando-o a uma situação em que todas essas coisas (natureza, tranquilidade, água, árvores) serão raras. E tudo o que é raro acaba atraindo atenção e valendo muito, acaba virando o objeto de desejo das pessoas.
O dia em que a gente se tocar que, ao abrir a torneira algum dia, pode começar a sair água suja, devido à poluição dos rios, talvez a gente acorde para o fato de que vale muito mais a pena trabalhar para despoluir as águas do que para produzir um iPod de 250 terabytes, ou uma televisão de 1200 polegadas, principalmente se for numa fábrica asiática com condições subumanas para os empregados (não que só lá tenha isso, mas lá tem bastante).
Algum dia, não muito distante, o ser humano vai perceber que não precisa de tecnologia para viver, mas precisa de comida, de água, de amigos, de família, de tranquilidade, de felicidade... Note que nada disso é mutuamente exclusivo com a tecnologia. É possível ter os dois. Mas só é possível ter os dois enquanto a existência de um não implicar na inexistência do outro. Se algum dia tivermos que escolher, aí, meu amigo... Adeus mundo conectado e telinhas bonitinhas.
Físico prevê o fim dos computadores
http://tecnologia.br.msn.com/noticias/f%C3%ADsico-prev%C3%AA-o-fim-dos-computadores
O físico teórico Michio Kaku, professor da Universidade de Nova York e co-criador da "Teoria das Cordas", afirmou que o computador como o conhecemos hoje terá desaparecido em 2020. “No futuro, eles estarão em todos os lugares e em lugar nenhum”, disse o cientista durante palestra realizada na Campus Party em 11 de fevereiro.
Na ocasião, Kaku fez um exercício de futurologia mostrando como será o mundo nos próximos 30 anos. Segundo ele, tanto os computadores como a internet serão como a eletricidade é hoje. “Ambos estarão presentes nos tetos, no subsolo, nas paredes e nos aparelhos”, afirmou.
O professor da Universidade de Nova York foi além e disse que a internet estará nos óculos e nas lentes de contato das pessoas. “Você será capaz de ver todas as informações biográficas de um individuo só olhando para ele. Encontrar sua alma gêmea será tarefa fácil”, brincou.
(...)
Vou dizer o que eu acho sobre essas previsões.
Eu acho o seguinte: uma enorme besteira. Calma que eu explico melhor :)...
Eu sei que foi um cara renomado que disse tudo isso e eu entendo perfeitamente os motivos que o levam a acreditar nessas ideias. E eu acho que realmente podemos passar por uma fase de alta tecnologia mesmo, com coisas similares ao que ele mencionou.
O que eu não acredito (e não há quem me faça acreditar) é que isso tudo se tornará ubíquo (presente em todo lugar, em todo país, em toda cidade, em toda casa, em toda pessoa etc.). Ou mesmo que chegará a uma parcela tão significativa assim da população.
Pode até ser que lançarão a lente de contato mágica que te guiará até sua alma gêmea, mas será que as pessoas vão ter mesmo vontade de usá-la?
É fácil imaginar que muita gente vai querer usar essas coisas futuristas. Mas por que a gente imagina isso? Porque pensamos no mundo como ele é HOJE. Se fosse HOJE, com certeza, teria muita gente querendo usar tudo isso.
Mas o futuro não fica no presente, o futuro fica no futuro. Será que no futuro o mundo vai continuar sendo como é hoje? Será que amanhã as pessoas vão continuar sendo como hoje, ávidas por tecnologia?
Eu acho que não. Aliás, eu acho que não MESMO. Eu acho que amanhã o mundo vai ser completamente diferente. Eu acho que as pessoas vão se cansar de tecnologia. As pessoas sempre se cansam de qualquer coisa que vira lugar comum demais. Sempre foi assim com o ser humano: ele se enche o saco de alguma coisa e volta a ser como era antes daquela coisa. Há eras na História que são mais racionais seguidas de eras mais emocionais. Eras mais industriais seguidas de eras mais artísticas. Eras com mais liberdade seguidas de eras com menos liberdade. Logo, por que não, eras com mais tecnologia seguidas de eras com menos tecnologia.
Sabe o que eu realmente acho? Eu acho que o que as pessoas vão querer fazer daqui a poucos anos é aquilo que no fundo elas sempre quiseram: viver em contato com a natureza, consumir produtos mais naturais, ter uma vida mais tranquila, enxergar o verde das árvores, ouvir o som das águas, dos pássaros... Sabe por quê? Porque ISSO é o mundo real. Esse mundo em que vivemos é completamente artificial, tem muito pouco a ver com o que está escrito nos nossos genes nos capítulos "Como funciona a vida" e "Como ser um ser humano".
E em breve as pessoas perceberão que o caminho que o mundo tem seguido está levando-o a uma situação em que todas essas coisas (natureza, tranquilidade, água, árvores) serão raras. E tudo o que é raro acaba atraindo atenção e valendo muito, acaba virando o objeto de desejo das pessoas.
O dia em que a gente se tocar que, ao abrir a torneira algum dia, pode começar a sair água suja, devido à poluição dos rios, talvez a gente acorde para o fato de que vale muito mais a pena trabalhar para despoluir as águas do que para produzir um iPod de 250 terabytes, ou uma televisão de 1200 polegadas, principalmente se for numa fábrica asiática com condições subumanas para os empregados (não que só lá tenha isso, mas lá tem bastante).
Algum dia, não muito distante, o ser humano vai perceber que não precisa de tecnologia para viver, mas precisa de comida, de água, de amigos, de família, de tranquilidade, de felicidade... Note que nada disso é mutuamente exclusivo com a tecnologia. É possível ter os dois. Mas só é possível ter os dois enquanto a existência de um não implicar na inexistência do outro. Se algum dia tivermos que escolher, aí, meu amigo... Adeus mundo conectado e telinhas bonitinhas.