sábado, 25 de maio de 2013

Pastas

Eu adoro pastas! Pastas organizam nossa vida.

Aprendi, num curso de memorização e concentração que eu fiz, que organizar é fundamental. Organizar aumenta nossa eficiência. Organizar ajuda-nos a ter foco.

Nos últimos dias, senti uma diferença enorme aqui em casa após organizar algumas tralhas, tipo móveis e objetos de cozinha. A sensação é muito boa. Sinto-me muito mais leve, muito mais livre para pensar em outras coisas.

Mas vamos às pastas!


Esta é a minha "coleção" de pastas, que eu uso para organizar tudo quanto é papel. Comprei a maioria delas há alguns anos, quase todas na Kalunga. Mas muitas outras papelarias as têm. Cada uma tem seu uso. Vamos a algumas delas!


Esta é uma pasta sanfonada conhecida por alguns como porta-cheque. Em vez de guardar cheques nelas, guardo cupons fiscais, comprovantes e tudo o mais de pequeno que aparece todo mês.



Esta é uma pasta sanfonada conhecida por alguns como porta-duplicata. Duplicata, até onde eu sei, é uma parada contábil, tipo nota promissória. Mas eu não guardo duplicatas nela. Em vez disso, guardo as contas de cada mês e outras despesas com manutenção do imóvel. Ela é mais alta do que a porta-cheque, tornando-a apropriada para essa finalidade.



Esta é uma pasta com elástico, normal. Uso-a para coisas médicas: exames, receitas etc.


Essa é uma pasta com um nome legal: polionda! Lembra-me bastante da escola. Ela é mais alta, larga, comprida e espessa do que a média. Isso torna-a ótima para guardar, por exemplo, recordações! Ou outras coisas que exigem mais espaço.




Essa é uma pasta sanfonada de papel cartão, numerada de 1 a 31 e "letrada" de A a Z. Ela é mais pesadona e resistente. Acho que essa foi a primeira que eu comprei, uns 4 anos atrás. Sabe aqueles manuais de instruções e notas fiscais de produtos, que você quer guardar, mas não sabe onde? Agora, já sabe! Esse tipo de pasta praticamente nasceu para isso. Você também pode guardar diplomas, certificados, documentação de empregos etc. Você indexa o que quer pela letra inicial e depois acha tudo fácil, sem grilo. É igual sistema web bem feito: escala!



Esta é a pasta em L. É provavelmente a minha favorita! Serve para proteger e juntar papéis, além de ser ótima para "causar uma boa impressão", dando uma aparência profissional quando você vai entregar documentos para alguém. Além dessa finalidade, ela também pode ser usada para agrupar documentos relacionados, para depois ser guardada na gaveta ou mesmo dentro da pasta sanfonada de A a Z. Assim, você facilita ainda mais localizar o que precisa.



Essa minha admiração por pastas nasceu da minha necessidade de organizar meus papéis. Sempre achei um absurdo acumular um monte deles e nunca achar o que eu precisava. Isso, na minha opinião, era viver o pior dos dois mundos: encheção de saco por juntar papel + encheção de saco por não achar papel.

Um belo dia me liguei: "Véio... Eu sou computeiro. Como é que pode eu saber organizar gigabytes de informação, de forma a poderem ser encontrados eficientemente, e não dou conta de fazer o mesmo com simples papéis?". Com o tempo, fui percebendo que o lance que rege a organização eficiente de dados no computador é o mesmo do mundo físico. Resumidamente, pode-se dizer que é: indexação, regras simples e árvore de conhecimento. Indexar é usar índices para localizar o que se quer. Regras simples são coisas tipo "tal tipo de coisa está em tal lugar, ponto". E árvore, para quem não está acostumado com o conceito, é tipo assim: o documento tal está dentro da pasta em L, que está na letra tal da pasta sanfonada, e a pasta sanfonada está na gaveta tal, dentro do armário tal. Você primeiro acessa o armário, depois a gaveta, depois a pasta sanfonada, depois a letra daquela pasta, depois acha a pasta em L e depois acha, finalmente, o documento. Essa organização reduz o tempo de busca para uma quantidade grande de documentos. É igualzinho ao que um Sistema Gerenciador de Bancos de Dados faz no computador.


Bom, este foi um post bem diferente, escrito mais rápido e com menos revisão!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ludificação de formiguinha

Ludificação é o uso de técnicas de design de jogos que utilizam mecânicas de jogos e pensamentos orientados a jogos para enriquecer contextos diversos normalmente não relacionados a jogos.
Para quem não conhecia, taí o significado de ludificação.

Para quem já conhecia a ideia, possivelmente conhecia-a com seu nome em inglês: gamification.

Meu ouvido já tinha sido "presenteado" com a incrível tradução "gamificação". Quer dizer: o cidadão tem a manha de usar duas línguas diferentes na mesma palavra. Jogou a fonética no lixo, deu uma bicuda na clareza, estraçalhou a acessibilidade. Como se o nosso ouvido fosse pinico.

Já o outro cidadão, um tal de Jaccoud (usuário da Wikipédia), traduziu brilhantemente a palavra gamification para o português, resultando nesse termo preciso e bonito: ludificação!

Estou maravilhado... Não tenho palavras para descrever minha felicidade! Havia muito tempo que eu pensava em um possível jeito de expressar essa ideia em português decentemente, e nada me vinha à cabeça... Agora, já posso fazer isso!

Quem é frequentador assíduo aqui, ou me acompanha no twitter, ou mesmo - por que não? - conhece-me pessoalmente, sabe o quanto eu curto a língua portuguesa e o quanto milito seu uso correto. Aliás, eu milito o uso correto da língua inglesa também (principalmente pronúncia) . Aliás, eu milito o uso correto de qualquer coisa!!

Não acho que estejamos no mundo a passeio. Não acho que "tudo bem" sair fazendo tudo de qualquer jeito. Não acho que "ihhh, isso aí não é nada". Acho que tudo conta. TUDO! Você sabe o que é tudo? Eu também não :)! Também nunca conheci o verdadeiro tamanho e abrangência de "tudo". Mas tudo bem. Até onde "tudo" for, continuo acreditando que tudo conta.

Também acredito no seguinte: estamos no mundo para aprender. Aprender = aprender a fazer as coisas certo, direito, decentemente, como preferir (olha só, temos três opções!). E isso começa pelas palavras que saem de nossas bocas. Aliás, começa antes: nos pensamentos que passam por nossas cabeças. No entanto, essa parte de vigiar os pensamentos é mais difícil, exige mais trabalho e dedicação para aprimoramento. Então, nem precisamos ir tão longe. Podemos começar pelas palavras fisicamente ditas, mesmo.

Você quer fazer desse mundo um mundo melhor? Garanto a você que você não vai conseguir começar já de cara acabando com toda a fome, salvando todas as baleias, preservando todas as árvores, zerando a violência. Talvez você consiga, sim, fazer alguma dessas coisas, ou até todas elas! Mas não vai ser logo no começo. No começo, você dará passinhos de formiga. Você fará coisas que não dão IBOPE. Você fará coisas tontas, coisas para as quais poucas pessoas darão valor, coisas que parecerão ter pouca influência, porque terão pouca influência mesmo! Verdade seja dita.

A questão é que a pouca influência de hoje é a muita influência de amanhã, caso você siga trabalhando nos seus sonhos. O trabalho de formiguinha de hoje pode evoluir, caso você dedique-se a isso. E esse trabalho evoluído, experiente, esse sim, fará diferenças grandes no mundo.

Quando eu defendo os detalhes, não estou de brincadeira. Quando eu digo coisas que sei que a maioria das pessoas acha besteira, sei muito bem que a maioria das pessoas acha que é besteira. Sabe por quê elas acham isso? Porque talvez seja, mesmo! Talvez seja, hoje. Mas a besteirinha de hoje é a questão mundialmente importante de amanhã.

Será que o senhor de terras que inventou de começar a tratar humanamente seus escravos estava apenas perdendo tempo e dinheiro lá no século sei lá o quê? Será que o índio que sabia usar bem a Terra sem detoná-la estava sendo retrógrado, e aí chegaram os europeus e "ensinaram a eles o jeito certo de fazer"? Será que o agricultor que foi contra a adoção de agrotóxicos na década de 70 estava doidinho de pedra? Ou será que essa galera toda apenas fazia o que sentia estar correto e acreditava ser o melhor? E hoje, em pleno 2013, essas atitudes "ultrapassadas, esquisitas e malucas" não são parte do sonho da humanidade atual? Movimentos pelo fim do trabalho escravo, pesquisas de manejo sustentável, agricultura orgânica... Você acha que a galera dessas áreas está de brincadeira?

Será que a vanguarda do mundo está mesmo dentro de circuitos eletrônicos integrados? Ou está nas pessoas, sendo que algumas delas fazem circuitos? Pessoas, essas, que poderiam fazer quaisquer outras coisas. Não seriam os eletrônicos apenas fruto do nosso contexto atual, sem nenhuma obrigação de continuarem sendo no futuro?


Eu sei que eu vivo batendo nas mesmas teclas já faz um bom tempo. E talvez eu esteja sendo repetitivo. Peço desculpas se for o caso. Eu só repito essas ideias porque continuo sentindo que elas são importantes, e até um tanto urgentes. Gostaria muito de saber o que você, caro leitor, acha disso tudo. Se puder deixar um comentário, agradeço! Concordando, discordando ou acrescentando, sua opinião será bem-vinda.