quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Apenas humanos sendo humanos

Uma coisa com que eu não me conformo nessa vida é o nosso atraso enquanto humanidade.
  • Orientação a objetos já tem mais de 30 anos e até hoje nego não entende direito e não sabe usar direito.
  • Lógica existe desde a Grécia Antiga e até hoje tem gente que não aparenta aplicá-la em suas vidas.
  • Sabemos que não sabemos as respostas para os problemas ambientais desde a ECO92 (no mínimo) e até hoje nego acha que tá tudo bem, tá tudo certo.
  • Espiritualidade é estudada e praticada há milênios e até hoje tem gente se matando ou se ofendendo por causa de religião.
  • Músicas maravilhosas foram compostas séculos atrás e até hoje nego não sabe apreciá-las direito.

Às vezes sinto que somos um bando de amadores vivendo nesse mundo. Muitas respostas já estão aí, já foram encontradas, muita coisa já foi provada, muitos problemas já foram resolvidos... E ainda continuamos tendo os mesmos problemas, as mesmas discussões, os mesmos impasses. Parece que queremos ficar sempre na mesma, remoendo e requentando as questões.

Acorda aí, galera... Olhe pros problemas com inteligência. Pense bem se alguém já não teve esse mesmo problema antes, procure uma solução já existente, veja se ela se aplica ao seu caso. Nego já estudou e testou MUITA coisa na história desse planeta, é bem possível que o seu problema na verdade nem exista. E, se for esse o caso, vc ganha uma carta branca pra largar mão desse e partir prum próximo, muito mais importante e interessante.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Adeus a Altamiro


Conhecido por muitas pessoas mais velhas, desconhecido por muitas pessoas mais novas, conhecido e reconhecido por TODAS as pessoas que apreciam choro. Na quarta-feira, dia 15 de agosto de 2012, foi-se Altamiro Carrilho, um dos grandes mestres musicais desse país.

Em 2005, o figura esteve em São Carlos, no Festival Chorando Sem Parar, como homenageado do ano. Com seu sotaque carioca e seu jeito meio sem jeito, falou, falou, falou... E tocou, tocou, tocou. Não só a flauta, mas também o público. Conquistou a simpatia de todos, o que não é difícil, pois, mesmo reforçando várias que "não merecia aquela homenagem", sua música indicou justamente o contrário. Quem estava lá, deve lembrar-se de quando cantamos Carinhoso todos juntos, certamente um dos momentos mais memoráveis daquele dia.

Em 2010, o figura novamente esteve em São Carlos, no mesmo festival. Já mais idoso, com mais dificuldade de locomoção e mais magro, porém com a mesma modéstia e jeitinho conversador que lhe eram peculiares, características que apenas reforçavam sua simpatia e simplicidade.

Na ocasião, eu já estava mais a par de seu trabalho, conhecia alguns de seus CDs. Neles, descobri músicas extremamente originais e criativas desse grande artista, destacando-se em meio a tantos choros comunzões que eu já tinha ouvido. Veja por exemplo esta música: A Máquina de Escrever



Acabei de descobrir que a composição não é dele, mas de qualquer forma eu poucas vezes já tinha ouvido alguém pegar músicas eruditas e tocá-las em choro, ainda mais com tanta propriedade, vivacidade e bom humor. O cara não era nada jovem, e seu trabalho era totalmente inovador!


Outra dessas músicas que eu curtia pra caramba era uma chamada Contatos Imediatos:


Eu nunca assisti ao filme homônimo, mas conhecia essas cinco notinhas do início, e achava mó da hora (imagina se eu iria deixar de gostar de alguma trilha sonora :)).


Outra música sensacional do mestre é esta: Aeroporto do Galeão



Num dado momento do Chorando Sem Parar 2010, o Altamiro tocou Aeroporto do Galeão, e contou a história de como compôs essa música. Ele ia com frequência ao (adivinhe) Aeroporto do Galeão, no RJ, e lá sempre ouvia essas quatro notinhas iniciais, muito provavelmente precedendo aqueles clássicos anúncios feitos no microfone ("Atenção senhores passageiros do voo..."). Ele achava o sonzinho legal e pensou que talvez desse para fazer uma música em cima disso. E fez!

Em seguida, no mesmo Chorando Sem Parar 2010, o Altamiro pediu para a plateia sugerir alguma música. Foi nesse momento que criei coragem e comecei a gritar: "Contatos Imediatos!! CONTATOS IMEDIATOS!!!"

Ao ouvir o nome da música que eu estava falando, ele disse o seguinte: "Ahhh, esse aí está por dentro do meu repertório!", e eu já me senti o cara :)... E ainda contou também a história de quando ele criou essa música. Ele assistiu ao filme, e achou esse teminha muito interessante. De lá, tirou inspiração para fazer a música. E fez. Se eu não me engano, ele até disse que não achou o filme grande coisa, mas que essas 5 notinhas (Lá Si Sol, Sol< Ré) realmente lhe chamaram a atenção.


Essas pequenas historinhas que ele contou, de como compôs essas duas músicas, tiveram uma grande influência na minha vida. Se você entendê-las simplesmente como "o cara ouviu as notinhas, achou legal, compôs em cima e ponto", não vai parecer grande coisa. Mas, se você extrapolar um pouquinho, vai perceber que é muito mais do que um simples "só sei que foi assim": é isso que os gênios fazem.

Os gênios, ao contrário do que muita gente pensa, não são aquelas pessoas que passam semanas em seus laboratórios secretos bolando formas de dominar o mundo. As pessoas que realmente são boas no que fazem são aquelas que buscam inspiração para sua arte no seu dia-a-dia. É vendo um filminho aqui ou ali, vendo uma notícia que saiu no jornal, ouvindo uma fala engraçada de algum amigo, vivenciando uma situação irônica, uma situação difícil... Os gênios fazem da sua própria vida um caminho natural para a sua arte e o seu trabalho.

Vale ressaltar que, quando ele foi começar a tocar a música Contatos Imediatos, ele não se lembrava muito bem das notas, estava confundindo-as com as da Aeroporto do Galeão, que ele tinha acabado de tocar (e as duas são bem parecidas mesmo). Aí, ele pediu para que eu, que tinha pedido a música, ajudasse-o a relembrá-la.

Esse foi meu momento de glória, do qual vou me lembrar pro resto de minha vida. Levantei-me, em meio a centenas de pessoas, ergui os braços e, como que regendo uma orquestra, cantei: "tã tã tã, tó tããããã...". Recebi aplausos de todos, e, com esse solfejo, ele pôde começar a música e presentear-nos com aquele belo e original som, que só o Altamiro sabia fazer.

Eu me senti especialmente recompensado com o meu pedido atendido. Ganhei o dia, ou melhor, o ano, ou melhor, a vida! Lembrarei-me para o resto da minha vida desse momento tão marcante. E o próprio Altamiro também deve ter se lembrado bastante desse ocorrido, pois, após o palco, fui procurá-lo para tirar uma foto com ele e ele me parabenizou pela coragem de ter cantado o começo da música na frente de todo mundo.


Hoje, Altamiro descansa em paz e o céu está mais alegre com sua presença. Certamente, as boas almas do outro lado receberam-no em um lindo coro cantando Carinhoso. E ele deve ter se emocionado, assim como emocionou muita gente aqui na Terra durante os 87 anos que passou aqui com a gente.

Valeu, Carrilhão! É do Brasil!!!!





Altamiro Aquino Carrilho
21/12/1924 - 15/08/2012



domingo, 12 de agosto de 2012

Reinventando a roda

Estou ouvindo agora o Nerdcast 320, e lá pelo 1h14min eles falam algo sobre "fazer upload da sua consciência para outro planeta, já que o ser humano não aguentaria uma viagem para Marte".

Colocado assim, o contexto parece meio absurdo. Mas vamos deixá-lo um pouco de lado. Vamos considerar apenas essa ideia de "o que é que a gente será capaz de fazer no futuro com o avanço da tecnologia?", "quais problemas conseguiremos resolver?" etc.

Eu fico ouvindo essas paradas aí e fico pensando... Até quando a gente vai ficar achando que sabe resolver os problemas do mundo melhor que a natureza?

Vc com ctz já ouviu falar no tanto de lixo, esgoto, poluentes etc. que nossas cidades geram. Isso, em grande parte, é devido à quantidade de gente que existe no mundo. No entanto, será que esse realmente é o único motivo da existência desse problema?

O que ninguém fala é o seguinte: vc já parou pra pensar em como as coisas funcionavam quando não existiam as cidades imensas que a gente conhece hoje? Você já parou pra pensar em como funcionam as coisas, por exemplo, numa floresta? Quanto se produz, quanto se consome, quanto é realmente necessário e para onde vai tudo o que é produzido e consumido?


Não sou especialista no assunto, mas não precisa muito para imaginar o quanto funciona melhor do que o que conhecemos do cotidiano urbano. Matéria orgânica natural é biodegradável. Ela entra no ciclo da decomposição e passa a fazer parte de outros seres. Sim, alguns dos seus átomos com certeza já fizeram parte de plantas e animais! A natureza já resolveu esse problema.

Mas aí, vai lá o ser humano e inventa, por exemplo, o plástico. Inventa de extrair petróleo. Inventa os pigmentos químicos de origem sei lá qual. Aí, mistura tudo isso, inventa um monte de bagulho tóxico e que não se decompõe na natureza. Depois de um tempo, começa a usar paradas assim para produzir eletrônicos. Depois, enfia na cabeça da população a necessidade de consumir eletrônicos desesperadamente. (estou pretensiosamente resumindo em um parágrafo alguns séculos ou milênios de história :P)

Pronto. Agora, temos uma sociedade consumista e produtora de toneladas de lixo tóxico, lembrando que os eletrônicos são só um exemplo, tem muito mais coisa.

Considerando-nos superiores à natureza, resolvemos bolar nossas próprias soluções para esses problemas: aterros sanitários, reciclagem, exportação de lixo para países subdesenvolvidos... Ótimas soluções, não? Super eficazes.


Isso acontece DIRETO. Vivemos tentando solucionar problemas que na verdade não existem, ou melhor, que não deveriam existir, e que não existiam até o ser humano ir lá e criá-los.

Mas o grande problema não é esse. Errar é humano, já diz o ditado. O problema é insistir no erro. Meu... Não é mandando todo mundo pra Marte que nós vamos reparar todos os erros que cometemos nesse planeta.

Pode até ser que, na prática, a única solução seja começar uma sociedade de novo mesmo, do zero. A questão é: mesmo que a gente comece tudo de novo, só vai dar certo se a gente mudar nossa mentalidade. Mudando nossa mentalidade, temos a chance de chegar na melhor solução possível para qualquer problema, que é NÃO TER o problema.

Tem gente que parece ter uma dificuldade enorme de entender isso e lidar com isso. Tem gente para quem parece absurda a ideia de eliminar um problema, tal é o envolvimento dela com a atividade de dar um jeito nas consequências dele. É tipo um bombeiro todo dia tendo que apagar um incêndio: se você resolve o problema que estava causando o incêndio e agora ele não acontece mais, o trabalho desse bombeiro, nesse contexto, torna-se desnecessário. Seria isso ruim, porque "ele perde o emprego"? Claro que não, isso é ótimo!! Agora ele poderá se dedicar a alguma outra atividade mais importante do que ficar reparando os erros dos outros. Mas isso depende de ele se dispor a mudar de atividade, o que muitas vezes não acontece.

Da mesma forma, será mesmo que "precisamos resolver o problema da quantidade de lixo produzida"? Será que essa é realmente a questão, ou será que a questão mais importante mesmo é: por que é que existe o problema do lixo? Quais são os motivos da existência desse e de outros problemas? Será que ficar tomando remedinho pra resfriado toda semana a gente está se curando do verdadeiro mal, ou estamos apenas tapando o sol com a peneira?


Quando vamos desenvolver software, ninguém em sã consciência resolve tudo do zero. Você reaproveita soluções prontas, e economiza muito com isso: tempo, dinheiro, dores de cabeça... Alguém já teve aquele problema antes de você, já estudou-o e, muitas vezes, resolveu-o muito bem. Tem até bordão pra isso: "não reinvente a roda".

Infelizmente, não vejo muito essa lição sendo aplicada com relação à natureza. Ela já resolveu muitos, MUITOS problemas. A natureza é uma coisa maravilhosa. Observando-a, podemos notar muitos padrões, que se repetem no micro e no macro, em tudo quanto é lugar e ocasião (vide a proporção áurea, por exemplo). Podemos aprender muito com os fenômenos naturais, obtendo inspiração para solucionar vários problemas, seja na área de software, urbanismo, arte, sociedade ou quaisquer outras. Só que não existe um GitHub dela já com tudo prontinho pra ser consultado e baixado: precisamos de um pouco mais de sensibilidade do que isso para captarmos essas ideias e apreciar seu verdadeiro valor.

(Ops, na verdade, acabei de acessar https://github.com/natureza e na verdade existe! Só que não tem nenhum repositório, então continuamos na mesma :P)


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Retrocesso tecnológico

"O mercado de dispositivos móveis não para de crescer, bla bla bla bla".

Agora mesmo tentei jogar um jogo chamado Magic Portals, brasileiro, que parece muito legal, e descobri que esse negócio só roda em Android e iPhone. Pela descrição do tal do Ethanon Engine, também brazuca, eu achei que ele rodasse meio que em qualquer plataforma, inclusive o eterno, clássico, inesquecível computador desktop.

Às vezes sinto como se estivéssemos vivendo uma era meio que da "exclusão do desktop". Tanto se fala em dispositivos móveis e muito pouco se fala no bom e velho desktop ou notebook. Eu realmente espero que não comecem a esquecer esses dispositivos, porque eu não estou a fim de ser obrigado a comprar nenhum smartphone pra poder ver e fazer o que eu sempre pude ver e fazer sem ter um.

Às vezes, me sinto um estranho no ninho por não ter nenhum Android ou iPhone, e olha que eu tenho um iPod Touch, que é quase um iPhone, com a diferença de que eu não fico usando-o o tempo todo (o que, de fato, faz bastante diferença).

Outra coisa é que eu simplesmente não enxergo vantagem em ficar acessando a internet de qualquer lugar. Internet, pra mim, perdoem-me pelo pensamento de tiozão, foi feita pra ser usada em casa, no trabalho etc. Não quero ficar fazendo check-in nos lugares pra onde vou, nem ficar competindo com meus amigos pra ver quem faz mais avaliações de restaurantes da cidade. Não quero ficar usando uma interface limitada como uma telinha com tecladinho virtual, enquanto em casa eu tenho uma tela de 15,4 polegadas + outra de 20 à minha disposição, além do meu mouse e teclado ABNT2, cheio de teclas pra serem pressionadas.

Que fique claro que eu não estou dizendo "usar internet no celular não serve pra nada". Eu já usei e achei muito legal em algumas situações. Só acho que não se compara a usá-la num PC.

Também tenho plena consciência de que existem jogos completamente apropriados para telas sensíveis a toque, que ficam muito melhor de serem jogados assim do que ficariam usando um mouse.

Mas eu não canso de achar que toda essa obsessão mundial por celulares e afins não tem raízes no verdadeiro desejo das pessoas. Não canso de achar que o único motor significativo dessa tal "mudança de costumes" seja simplesmente o desejo dos fabricantes de ganhar mais e mais dinheiro.

Eu olho ao meu redor no meu país e vejo gente que não tem acesso à educação, vejo gente que não tem acesso à cultura, vejo assassinatos da língua portuguesa, vejo gente ouvindo atentados musicais aos ouvidos... E, na boa, não é um aparelhinho caro carregado no bolso que vai mudar essa situação. "Ah, mas aí a pessoa vai conseguir acessar a Wikipédia pagando um plano 3G baratinho!!". Sim, ela vai poder. Mas será que ela VAI fazer isso? Eu acho que não. Eu acho que, quanto mais a gente se distancia dos verdadeiros assuntos que deveriam ser tratados (tipo a educação), mais aumentamos as distâncias entre ricos e pobres, letrados e iliteratos. Quanto mais a gente se dá desculpa sobre o que é e o que não é importante de fato para a vida das pessoas, mais deixamos de enxergar os fatos e mais vivemos num mundo de ilusão.

Educação não é uma opção. Arrisco dizer que quase qualquer problema comum que vemos por aqui é decorrente da falta de educação. "Ah, o Brasil tá violento"... Educação. "Ah, a qualidade dos serviços aqui é ruim"... Educação. "Ah, aqui é só corrupção"... Educação. "Ah, no exterior os motoristas param na faixa de pedestres, aqui não"... Educação. "Ah, acordei com o pé doendo hoje"... Educação.

Eu desisti de política. Nunca fui muito fã, mas teve uma época em que eu considerei importante e quis acompanhar mais. Hoje, pra mim, não é mais do meu interesse. Pra mim, hoje, não importa plataforma de governo, não importa política externa, não importa esquerda/centro/direita. Só o que importa é o quanto esses ditos representantes do povo vão conseguir botar crianças, jovens e adultos em salas de aula e fora delas e pagar o valor merecido para os professores desse país fazerem um excelente trabalho de ensino com essas pessoas, e o quanto vão fazer essas pessoas saberem caminhar com suas próprias pernas e se desenvolverem pessoal e profissionalmente.

Na minha opinião, não adianta NADA o país melhorar sua condição econômica, financeira, produtiva, industrial bla bla bla enquanto eu não puder andar na rua e ver uma calçada limpa, resultado do MÍNIMO de educação que eu gostaria de esperar das pessoas que aqui habitam. Pra mim não adianta NADA a minha cidade ter um PIB imenso e eu quase todo dia ter que aguentar presepeiro tocando som alto e ridículo em seu carro na minha rua. Pra mim não adianta nada eu ter um bom salário e pensar que tem nego se matando muito mais do que eu e ganhando muito menos.

Isso tudo é questão de mentalidade, política e cultura. Não é uma questão tecnológica, não é uma questão matemática, não é uma questão financeira.

O mundo não precisa de mais dinheiro, mais lucro, mais contas fechando, mais tecnologia. O mundo precisa saber aproveitar melhor o que ele já tem para funcionar melhor. O mundo funciona muito mal. É ridículo a gente ficar se considerando uma sociedade tão avançada com o tanto de poluição e impacto ambiental que a gente gera. É ridículo um país tipo os EUA considerar-se tão desenvolvido e ter uma dependência externa enorme de manufatura, pagando salários absurdamente baixos para as pessoas que trabalham nessas fábricas. É ridículo a gente ficar se achando isso e aquilo enquanto tem nego morrendo de fome, matando e roubando.

Abre o olho aí, ser humano :)... Tá na hora de reavaliarmos seriamente nosso conceito de avançado, desenvolvido e coisa e tal.